domingo, 15 de maio de 2016

Assassinato no Expresso do Oriente (Agatha Christie)

Título: Assassinato no Expresso do Oriente
Título Original: Murder on the Orient Express
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 196
Ano: 2014
Avaliação: ★★★

    Assassinato no Expresso do Oriente foi minha primeira experiência com a Agatha Christie.
   No livro conhecemos Hercule Poirot, um renomado detetive. Após resolver mais um caso, ele pega um trem com destino a Istambul. Sua intenção era passar alguns dias na cidade, mas ao chegar no hotel recebe um telegrama pedindo que retorne imediatamente a Inglaterra. Sendo assim, Poirot embarca no Expresso do Oriente, o qual está estranhamente cheio para aquela época do ano, com passageiros de diferentes origens.
      Ele passa a observar os passageiros e tudo parece estar normal no trem, até que uma grande nevasca impede que a viagem continue e o Expresso do Oriente para seu trajeto.  Como se o atraso não bastasse, um crime acontece dentro do trem: um passageiro é brutalmente assassinado em uma das cabines. Logo que o incidente acontece, Poirot é chamado para tentar solucionar o caso. A porta da cabine do morto estava fechada por dentro e não havia pegadas na neve, logo, o assassino só pode ter sido um dos passageiros.

      Poirot inicia seu trabalho tentando coletar pistas que indiquem algo e recolhendo depoimentos dos passageiros para saber o que estavam fazendo na hora em que o crime aconteceu. Algumas pistas parecem óbvias demais... Foram deixadas ali por descuido ou para despistar? E o nosso detetive também não consegue ir muito longe logo de início, já que a fala dos passageiros parece não levar a nenhuma conclusão. Porém, depois de pensar muito e avaliar todo o contexto da situação, a mente engenhosa do experiente detetive vai fazendo associações, juntando peças que não conseguimos encaixar sozinhos e acaba chegando a um desfecho para o ocorrido. 

     Considerações: O início do livro foi meio lento, pois a autora começa preparando o terreno para o que vem a seguir. Depois de algumas páginas a escrita da Agatha é ágil e inteligente. A autora nos convida a tentar desvendar o crime junto com o detetive e fazer inúmeras teorias de quem poderia ser o assassino e isso pra mim foi a parte mais legal, pois conforme ia vendo cada pista encontrada e os depoimentos de cada passageiro, chegava cada hora a uma conclusão. Procurando pelo culpado, nos vemos em um labirinto... E é claro que no final, não foi NADA do que eu imaginei.
    Gostei bastante do livro e me pergunto porque nunca tinha lido Agatha Christie antes. Confesso que tinha certo receio de encontrar uma linguagem difícil e mais rebuscada, mas isso caiu por terra ao ler esse primeiro livro. O que me conquistou na Agatha foi a sua capacidade de criar uma história com tantos detalhes, reviravoltas e surpresas. Quando você acha que vai acertar quem foi o culpado, surge outra pista e Poirot nos mostra outro lado da história que nem tínhamos considerado antes. É incrível como no final tudo faz sentido e a história toda se articula de forma harmônica e surpreendente. Além disso é um livro super rápido de ler pois tem poucas páginas. Até eu que não tenho um ritmo de leitura muito ágil consegui concluir ele em um dia.
      O único ponto que me incomodou no livro foi a quantidade de pequenas falas em francês. Acho que faltou uma nota de rodapé com a tradução, pois cada pequeno detalhe importa muito para o leitor, já que esse é um livro policial.
   Por fim. minha primeira experiência com essa autora considerada "Rainha do crime" foi extremamente positiva e pretendo muito em breve ler outras obras dela. Super recomendado.

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