sábado, 26 de março de 2016

A Rainha Vermelha (Victoria Aveyard)


Título: A Rainha Vermelha
Título Original: Red Queen
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 419
Ano: 2015
Avaliação: ★★★

      A Rainha Vermelha se passa num mundo distópico onde as pessoas são divididas e definidas pela cor de seu sangue. Os de sangue prata são os sortudos: aproveitam do conforto da capital, tem poderes especiais como controle do fogo, do clima e alguns podem até ler a mente das pessoas.

Por outro lado os de sangue vermelho são os menos favorecidos, que vivem para manter os prateados no topo. Não dispõem de poderes especiais e levam uma vida simples.
          Nossa protagonista, Mare Barrow, pertence a uma família vermelha que vive em Palafitas, um vilarejo muito pobre. Ao contrário de sua irmã mais nova, que é uma ótima costureira, Mare não possui nenhum dom e por isso passa os dias roubando para ajudar a família. Por não ter uma ocupação ela sabe que quando completar 18 anos será mandada para servir o exército. Porém em um certo dia, Mare tem um encontro casual com um rapaz misterioso que garante a ela um emprego como criada no palácio de verão do rei. Só que logo no primeiro dia, enquanto trabalha na Prova Real (evento em que jovens prateadas demonstram seus poderes para serem escolhidas como próxima princesa), algo muito estranho acontece: Mare sofre um acidente e é salva por um poder que jamais imaginou possuir, porque afinal de contas seu sangue é vermelho.
           A partir de então muitas coisas acontecem. O rei a obriga a assumir o papel de uma nobre prateada de uma casa extinta para ocultar essa impossibilidade, pois nunca antes uma vermelha demonstrou ter poderes especiais.
           Atada às intrigas da realeza, Mare conhece os dois príncipes que apesar de serem irmãos, possuem personalidades completamente diferentes. Um é o herdeiro perfeito, decidido, comprometido com suas obrigações e frio e o outro é Maven, o filho mais novo do rei, tímido e reservado. Mare precisa fingir ser noiva de Maven, uma tarefa de início bem complicada. Ela logo percebe que os dois príncipes escondem seus próprios segredos. 

           Considerações: confesso que a leitura pra mim, do início quase ao fim, foi bem arrastada. O livro é bem detalhista e isso me cansou um pouco. Outra coisa que cansou foi a falta de romance, que nesse caso serviria pra "quebrar" um pouco a tensão do enredo. Não sou fã de melação mas acho que nesse caso um romance iria melhorar a história e deixar mais fluída. Até temos uma pitada de romance mas é tão pouco que não muda quase nada.
         O livro também se mostrou pouco original. Tirando o fato de as pessoas serem definidas pela cor do sangue (nunca tinha lido nada parecido), a história em si me trouxe a sensação de que a autora fez uma mistura de Jogos Vorazes, A Seleção e talvez até um pouquinho de Divergente. Muitos elementos dessas outras distopias aparecem aqui, só que tudo junto em uma só história e isso me fez não curtir a leitura tanto quanto achava. 
      Os personagens até que são bem construídos mas não consegui criar uma ligação com a protagonista, apesar de ter admirado ela pela sua coragem e força (assim como admiro a Katniss).      Confesso que o que salvou o livro pra mim foram  as últimas páginas que realmente me prenderam, pois quase no fim acontece uma reviravolta muito surpreendente que me deixou aflita. Isso fez o livro ganhar pontos comigo pois foi algo que jamais imaginei que fosse acontecer. Fiquei de queixo caído.
          Por fim, recomendo pra quem curte distopia, foi uma leitura válida e apesar de não ter amado a leitura, pretendo continuar lendo a trilogia para saber o que me aguarda nos próximos livros.

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