sábado, 14 de fevereiro de 2015

Todo dia (David Levithan)


Título: Todo dia
Título original: Every day
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Avaliação: ★★★
           Publicado em 2012 pela editora Galera Record, o livro de David Levithan – autor também de Will e Will (com o John Green) e Garoto encontra Garoto – é uma ficção que fala de um “espítiro” que não tem corpo, pois todo dia ele acorda na vida de uma pessoa diferente e tem que tentar agir como aquela pessoa agiria para não mudar nada que causasse grandes repercussões, ou seja, ele apenas vive a vida dos outros e nunca vai ter uma só dele.

            O nome do personagem-narrador é “A”, apesar de ele mesmo ter escolhido esse nome apenas para guardar para si, pois todo dia ele tem um nome diferente, seja de homem ou mulher. Numa manhã ele acorda no corpo de Justin, namorado de Rhiannon, mas um problema surge: ele se apaixona pela garota e resolve quebrar todas as regras ao ir atrás dela nos dias seguintes. Com isso, ele atrapalha a vida de muita gente, mas faz de tudo para tê-la, pois ele jamais pôde ter uma namorada antes e ao mesmo tempo teve centenas, já tudo depende de em quem ele acorda. Será muito difícil também ter alguma relação com Rhiannon por que: primeiro ela já tem namorado; segundo não dá para namorar uma pessoa que tem um corpo diferente todo dia e pode tanto acordar como seu vizinho, como alguém do outro lado do país.
Critica SEM SPOILER:
Esse livro me deixou muitas expectativas só com a sinopse, pois eu achei a ideia incrível e imaginei que por isso a história viesse a ser surpreendente, porém, confesso que me decepcionei bastante, talvez seja até culpa das expectativas, mas eu acho que o David escreve MUITO mal porque eu gosto dos livros do John Green e achei Will e Will um pouco chato. Eu tenho um amigo que se apaixonou tanto que leu umas três vezes, e sei de outras pessoas que amaram também, então você também pode gostar, mas eu me decepcionei muito.

Todo dia tinha tudo para ser um livro muito bom, a ideia é boa, mas o David não sabe desenvolver a história, o primeiro capítulo já é o “A” conhecendo a Rhiannon e ele mesmo explica como funciona os dias dele, mas ele poderia ter aproveitado e escrito uns três a cinco dias antes de ele conhecer a menina, ou feito uma rápida volta sobre a vida do “A” para que o leitor tirasse suas próprias conclusões de como funcionava a vida dele e não ter explicado a ideia de cara. A paixão do “A” pela Rhiannon também é muito repentina, foi uma questão mais de olhar do que de conversa e momentos, sem falar que ele não explica o porquê de acontecer com o “A” a mudança de corpos o que piora ainda mais porque a justificativa que ele usa é “é assim e pronto, não se sabe o porquê”, interessante seria se ele tivesse a genialidade de criar uma explicação, é isso que faz uma ficção ser interessante, mas ele consegue fazer isso da forma mais superficial possível e justo quando tem a chance de se aprofundar um pouco mais nisso (que é quando o “A” conhece o pastor) ele não o faz, dispersa a história o mais rápido possível. Eu não leria esse livro de novo, acho muito mal feito, e, em minha opinião, se essa mesma história fosse parar nas mãos de um autor que sabe escrever ficção, ela seria genial, mas, para mim, essa foi uma leitura muito pobre.

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