sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Teorema Katherine (John Green)

Titulo: O Teorema Katherine
Título Original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Número de páginas: 304
Avaliação: ★★★
Adoro essa capa. Apesar de simples, remete muito à história.
No livro conhecemos Colin,  um nerd assumido, viciado em anagramas e que desde pequeno só se envolve com garotas chamadas Katherine. Já teve 19 namoradas e todas terminaram com ele.
No início Colin está arrasado pelo término com a 19° Katherine e graças a seu melhor amigo Hassan, resolve cair na estrada sem destino em seu Rabecão do Satã, buscando inventar e comprovar seu Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, em que o objetivo é descobrir através da matemática, quanto tempo determinado relacionamento duraria, quem seria o terminante e o terminado.
Nessa viagem eles acabam ficando hospedados na casa de Lindsey Lee Wells, uma “paramédica em treinamento”, e também guia turística em uma visita ao túmulo do arquiduque Franz Ferdinand. Lindsey é uma garota bonita, popular e que namora um menino xará do pequeno prodígio. Ela por vezes me lembrou a Alasca de Quem é você, Alasca? e por isso às vezes parecia que o autor estava usando a mesma fórmula de seus livros anteriores: um garoto nerd que se apaixona por uma garota linda e popular, o que em partes acontece mesmo. Porém Lindsey é bem diferente da Alasca e nem de longe é uma personagem tão marcante quanto a anterior. Colin e Hassan ganham a confiança de Hollis, mãe de Lindsey, e conseguem um emprego na fábrica que a mulher mantém na pequena cidade em que vive. 


Eu sempre via gente falando mal desse livro, mas como eu AMO John Green e só faltava esse para ter todos os livos do autor, resolvi comprar. Confesso que de todos os livros do John, achei esse com a história mais fraca. O livro é meio sem propósito e por várias vezes a leitura se tornou entediante. Porém o que salva é a escrita do autor, que eu particularmente adoro por ser meio poética e bem humorada. 
Colin é um personagem intragável. Algumas vezes eu me surpreendi com seu jeito excessivamente nerd que tenta fazer anagramas com a maioria das palavras que escuta. 
Eu gostei da ideia do Teorema, porém não curto matemática então algumas equações e explicações ficaram um pouco maçantes (mas o próprio autor diz que podemos pulá-las).

O livro também tem algumas notas de rodapé. Normalmente elas me irritam, pois atrapalham o ritmo de leitura, mas em O Teorema Katherine essas notas dão sequência a linha de raciocínio do parágrafo do qual se refere e por vezes consegue ser mais engraçado do que o próprio texto.
Sobre os personagens, adorei o Hassan (sério, ele é hilário), todo despreocupado, quer curtir a vida e não tem nem ambição de ir para faculdade. Quase todas as vezes em que ele aparece é risada na certa.Lindsey é uma garota que só quer levar a vida que leva, sem  pretensões e sem estar em evidência. Ela não me conquistou tanto, porém entendo seu papel no livro.

Uma coisa que me incomodou um pouquinho foi o fato do John Green realmente usar a mesma fórmula no que diz respeito aos personagens. Como já disse anteriormente, Lindsey me lembrou a Alasca diversas vezes. Colin me lembrou o Augustus de A Culpa é das Estrelas,  pois quer ser um destaque, seu maior desejo é fazer alguma coisa para a humanidade e ser reconhecido por isso. E Hassan com seu jeito engraçado ao extremo me lembrou de Radar, melhor amigo de Quentin de Cidades de Papel que também é extremamente hilário.

Por fim, foi uma leitura legal mas que tem uma carga emocional bem menos intensa que ACEDE, Quem é Você Alasca? e Cidades de Papel e por isso não me conquistou tanto assim. Porém tem algumas reflexões que nos fazem pensar pois Colin atraves do Teorema percebe que nem tudo é exato e lógico e que relacionamentos não são como a matemática.


Sim, eu grifo as partes que gosto e não vejo problemas nisso, haha.

O final do livro achei bem vago, virei a página e de repente já era "Nota do autor".  Mas John Green já é famoso por finalizar seus livros dessa forma. Também achei que o enredo deixou um pouco a desejar. Porém no geral, a leitura é leve e inusitada e não sofremos com mortes de personagens (graças a Deus!). Ao contrário de muita gente, eu fiquei no meio termo sobre esse livro. Não achei incrível mas também não achei extremamente chato como vi a maioria das pessoas dizendo. É um livro razoável e eu realmente amei inúmeras frases do livro e enchi ele de post-its.



 Continuo adorando a escrita do autor e recomendo o livro para todo mundo que também gosta.

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